terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Das dores e amores de amar

Abaixo dos meus pés o asfalto negro domina
A noite é um silêncio e aquele velho medo ainda dormia
Meu coração bate tão rápido, ainda vejo você partir
Lembro daquele dia na nossa casa, doce bem – te –vi
Apareceu pela manhã, mal conseguia voar
Suas asas maltratadas me lembravam do meu coração de além mar
Você saiu e me deixou, num silêncio sem igual
Você saiu e esqueceu, a sua roupa no varal
Que não estava molhada, quando você vai voltar?
Não me deixe esperando até tarde, já coloquei a mesa do jantar
E há dois pratos na mesa, a sopa já vai esfriar
Quando é que você não mais me quis
Quando foi que fui tão ruim para ficar junto de ti
Quem machuca esquece, mas e o ferido magoado que não
Esqueceu, porque agora você sabe quando dói
Porém não sei se ainda te dói, o que nada me aconteceu
Ainda não sei se você se lembra do dia que tanto sofri
Do dia que me enojei de seus lábios, pois não mais pertenciam
A mim. Cansei de sonhar com as suas luxúrias
Não se esqueça, que alguém vai me amar, como você
Não me amou, nem me amará, por sempre se apaixonar
Por alguém que está na rua
A passar, bem longe, talvez naquela ilha.


(2005)

Um comentário:

Iohanna Cardoso ॐ disse...

Estelinha linda!!
Queria eu poder ter esse dom que vc tem de escrever coisas tão belas...
Que esse dom te traga tudo de bom pra sua vidinha...

Bjoss!!!