quinta-feira, 13 de março de 2008

Cotidiano

Já era tarde, ou quem sabe cedo demais.
Na esquina um corpo com roupas e maquiagens
Corpos que se vendem
Pessoas que se compram, por um dinheiro a mais

Meias rasgadas, corpos nus
Rotinas urbanas, noturnas, perigosas
E a ordem da noite é falar “vai tomar na cú!”
Mulheres traídas raivosas, perdidas nos seus próprio erros

E ali se encontra ela com suas saia e uns trocados
Não é a bela moça esperando na janela
Mas aquela vagabunda bêbada caída ao lado
Por que não olhar? Porque olhar sem ver?

Vão te julgar, vão te prender
Mas prende aquela que fala, o que faz nada vê
Aquele que vira a esquina e acende um cigarro
Aquele que faz sexo na tv

Porque não falar?
Porque não ver?
Envergonha pelo que te falo
Mas a vida é cruel assim, baby.

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